Em uma área historicamente dominada por homens, a Constroen aproveita a Semana Internacional da Mulher para relembrar nomes de mulheres que fizeram história na engenharia civil.
Uma das pioneiras na área no mundo foi Emily Roebling, responsável pela construção da ponte do Brooklyn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A profissional, até então uma dona de casa, foi levada pelos acontecimentos da vida para a engenharia, em 1867.
Seu sogro morreu após o início da obra e seu marido, depois de assumir a função, ficou paralisado devido a uma doença rara. Com isso Emily, que já tinha contato com os detalhes da construção, assumiu a dura tarefa de construir uma das pontes mais importantes da América.
De início, o marido a ensinou matemática, cálculo e resistência de materiais, mas Emily sabia quais eram as suas limitações e era imprescindível estudar muito mais. Orientada pelo esposo, conseguiu passar nas provas de ingresso na escola superior, onde seguiu um rigoroso programa de estudos, com disciplinas de álgebra, geometria, botânica, química e geologia.
Depois da árdua etapa de estudos, Emily Roebling podia negociar os acordos com as diversas firmas intervenientes e acompanhar a construção da ponte.
Após 16 anos, no dia da inauguração da ponte, Emily recebeu de um deputado a justa homenagem pelo seu trabalho e teve a honra de ter sido a primeira pessoa a andar sobre a edificação.
Brasil
Aqui no Brasil, onde por muitos anos sequer existiram faculdades, o registro da primeira mulher formada por uma turma de engenharia se deu em 1917. Em março daquele ano, formava-se na Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Edwiges Maria Becker Hom’meil.
Outra pioneira reconhecida no país, é Enedina Alves Marques, a primeira mulher engenheira negra formada no Brasil. Após a graduação pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), ela trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná e fez parte da equipe de engenheiros que atuou na construção da usina hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira), na região metropolitana de Curitiba.
Disfarce
Caso que retrata o nível de preconceito encarado pelas mulheres é o de Evelyna Bloem Souto, primeira engenheira civil formada pela Universidade de São Paulo, em São Carlos. No final dos anos 1950, como bolsista na França, ela precisou se vestir de homem e até desenhar bigode e barba no rosto para conseguir visitar um canteiro de obras em um túnel na fronteira entre a França e a Itália.
Tendo como base todo esse histórico de luta, a Constroen reconhece e valoriza a força de trabalho das mulheres valorizando a ascensão feminina e igualdade entre os sexos.
Parabenizamos todas as mulheres que deixaram seu nome gravado na história da engenharia civil e também aquelas que ainda hoje trabalham para o desenvolvimento do setor.
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