8 de março, Dia Internacional da Mulher, deve ser comemorado por vários motivos, mas a conquista da mulher no mercado de trabalho talvez seja um dos principais deles. Sobretudo em algumas profissões que, culturalmente, são desempenhadas, em sua maioria, por homens. É o caso da engenharia civil. No entanto, este cenário, atualmente é marcado por mulheres que têm se inserido, cada vez mais, na profissão.
Magnólia Pescio Krähenbühl Dainese comenta um pouco sobre sua rotina de trabalho. Ela é engenheira responsável técnica da Constroen, junto com outros. Ela também destaca os diferenciais da profissão. Formada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Magnólia traz importantes conquistas em sua trajetória profissional: ela foi a engenheira de obras do Residencial Santiago, empreendimento de alto padrão da construtora, por exemplo. Confira, abaixo, um bate papo sobre a presença da mulher na engenharia civil.
- Como foi a sua experiência ao fazer a escolha de cursar engenharia civil?
Eu sempre gostei de exatas e desde sempre soube que cursaria algo nessa área. Me identifiquei muito no curso de engenharia, que, apesar de difícil, me proporcionou um leque muito grande de aprendizado e de oportunidades. Na minha turma, éramos menos de vinte mulheres e cerca de sessenta homens, mas isso nunca foi um peso ou motivo para discriminação, nem com colegas e nem com professores.
- Há quanto você está no mercado de trabalho?
Me formei em 2009. Portanto, são oito anos de mercado como profissional, além de dois anos como estagiária.
- Você acha que a mulher vem ganhando mais espaço no mercado de engenharia civil?
A mulher vem ganhando mais espaço, sim. As pesquisas mostram que, desde 2008, a porcentagem de mulheres no mercado de engenharia civil vem aumentando. É um crescimento gradual, porém significativo. Hoje, podemos falar que cerca de 30% dos profissionais de engenharia civil são mulheres, assim como estudantes nas universidades, número que também vem crescendo.
- Considerando que a imagem da mulher mudou tanto nos últimos 100 anos, você se impressionou com o aumento do número de mulheres no mercado da engenharia civil?
Cada dia se torna mais comum a presença feminina nesse mercado. O número de engenheiras civis que atuam nas áreas de projetos, administrativa e financeira é mais significativo do que as que atuam em obras. Porém, isso vem mudando. Quando me formei, muitas pessoas estranhavam a presença de uma mulher na obra, principalmente num cargo de liderança. Com o tempo isso foi mudando e hoje se tornou mais natural. E assim espero que continue.
- Muitas pessoas ainda desconhecem a rotina de trabalho de uma engenheira civil. Como é a sua?
A minha rotina se baseia no acompanhamento da execução dos serviços, no planejamento das ações e controle de custos da obra. Ela consiste em acompanhar todos os detalhes de execução, que são inúmeros, mas vão desde uma concretagem ou instalação elétrica, hidráulica, estrutural até as atividades de escritório. É uma vida agitada e corrida, mas, no final, o resultado é incrível.
- Você trabalha em uma das principais construtoras de Araçatuba e região. Como é fazer parte de projetos tão grandes como os que a Constroen desenvolve?
Fazer parte da Constroen e de seus projetos é uma realização, um aprendizado tanto profissional quanto pessoal. É muito gratificante poder crescer com a Constroen e fazer parte de sua história. Não tem nada mais prazeroso do que ver seus sonhos profissionais sendo realizados e a Constroen me proporciona isso.
- Você acha que ainda é difícil equilibrar o número de mulheres na engenharia com o número de homens?
Eu diria que em partes, pois é um ramo tradicionalmente masculino, mas que está mais aberto à presença feminina. A engenharia e todos os seus percalços ainda assusta as mulheres. Por outro lado, quem já atua nessa área mostra que é possível essa realização.
- O que você diria para as jovens que tem interesse em engenharia, mas estão desencorajadas?
Eu diria que quando você faz o que você gosta, o sucesso é garantido. Portanto, não precisa ter medo. Basta ter coragem que as conquistas não se comparam com as dificuldades que encontramos pelo caminho. Elas se tornam supérfluas diante das realizações, do crescimento que essa área nos proporciona, diante da abertura para o aprendizado e do grande conhecimento. A engenharia civil te torna uma profissional completa e apta para encarar qualquer coisa na vida. É uma profissão realizadora. Quando você vê os resultados, não tem nada mais compensador. Sou apaixonada pela minha profissão!
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